quarta-feira, 27 de março de 2013

segunda-feira, 25 de março de 2013

Entrevista: Marcos Antônio Tavares Soares, professor de economia


"A informalidade é um problema estrutural identificado em todos os períodos da nossa história".


Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Marcos Antônio Tavares Soares é, atualmente, professor assistente da Uesb, onde leciona Economia Política e Economia do Trabalho. É mestre em Economia pela Universidade Federal de Campina Grande e doutorando em Desenvolvimento Econômico pela Universidade de Campinas (UNICAMP). Autor de diversos artigos e do livro “Trabalho Informal: da funcionalidade à subsunção ao capital”, publicado pela Edições Uesb, Soares tem grande experiência na área de economia e atua, principalmente, em temas como a dinâmica do capitalismo, além de trabalho informal e precário.

Em entrevista ao Na Informalidade, Soares falou, entre outras questões, sobre o capitalismo e o comércio informal, além das consequências do grande número de trabalhadores informais para a nossa economia. Acompanhe a entrevista na íntegra.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Entrevista: Sérgio Gomes, analista do Sebrae

O mercado informal representa 19% da economia do país e uma massa de trabalhadores de 43,4 milhões de pessoas sem registro no Brasil, de acordo com o IBGE  (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para reverter esses números, em julho de 2009, o Governo Federal criou o MEI (Micro Empreendedor Individual), possibilitando aos trabalhadores informais o direito à Previdência Social, garantindo o seguro acidente e o auxílio-doença, por exemplo.  

Para explicar mais sobre o mercado informal e a situação desses trabalhadores, o blog na Informalidade entrevistou o analista da Unidade Regional do Sebrae de Vitoria da Conquista, Sérgio Gomes. 

Ceasa movimenta a economia informal na cidade


Cerca de 1.600 feirantes e camelôs trabalham na Ceasa
Inaugurada no ano de 1986, a Central de Abastecimento de Vitória da Conquista, CEASA, possui cerca de 1.600 feirantes e camelôs que utilizam este espaço para trabalhar. Centenas de verduras, frutas, legumes e produtos derivados do leite e do trigo são comercializados no local, movimentando assim a economia do município.

Para a feirante Vitória Ferraz, o movimento na Central varia. Durante alguns dias da semana as vendas são escassas, mesmo assim ela destaca que a ocupação é o seu maior orgulho. “Eu me sinto feliz aqui. Isso é minha vida, é meu trabalho.  Casei na feira. Criei meus filhos na feira, e dei os estudos para eles por meio da feira. Eu vivo aqui”, completa. A comerciante destaca ainda que com a escassez de chuva o preço das verduras subiu,  e isso acarretou a diminuição das vendas. Outro problema citado por Vitória é a falta de limpeza no local. “Nós estamos numa situação muito difícil, é muito inseto. A gente tem medo de trazer as mercadorias para pôr aqui”.

Vitória da Conquista terá novo mercado de artesanato em 2013

O novo mercado em construção é na Avenida Brumado
 com a Avenida Integração
As obras do novo mercado de artesanato de Vitória da Conquista estão em fase de cobertura. No total são 240 boxes, que serão construídos em duas etapas. Esses locais serão ocupados por pessoas que exercem atividades artesanais. De acordo com o coordenador de Economia Solidária da Secretaria Municipal de Trabalho, Renda e Desenvolvimento Econômico, Geovane Viana, “o término da primeira etapa das obras está previsto para o segundo semestre de 2013. A segunda etapa não tem previsão de quando terá inicio”. 

Com aproximadamente 200 metros lineares, o novo mercado de artesanato está localizado em um espaço na Avenida Brumado com a Avenida Integração. O investimento do projeto, segundo Viana, é de R$ 3,5 milhões. 

Maria do Carmo, que trabalha há 21 anos no atual mercado de artesanato situado, na Praça da Bandeira, diz que ainda não é possível saber se todos os vendedores serão transferidos para a nova área. 

quarta-feira, 13 de março de 2013

Trabalho informal é saída para o desemprego

Feira do bairro Brasil tem maior movimento no domingo

Como a disponibilidade de vagas no mercado formalizado não é tão grande, muitas pessoas veem no comércio informal a oportunidade de ganhar dinheiro e garantir o próprio sustento. Segundo a Prefeitura, 800 trabalhadores, aproximadamente, vivem do comércio de rua em Vitória da Conquista. Isso sem contar os feirantes, que estão espalhados pelas feiras livres de vários bairros da cidade. 

Um dos pontos de grande movimentação do mercado informal é o bairro Brasil. A feira, que acontece no sábado e no domingo, reuni pessoas não só da cidade, mas também de outras localidades, inclusive, de municípios vizinhos. Aqui, o trabalho dos feirantes começa antes do amanhecer. É o caso de Cleonice Reis que chega com o marido, às 5 horas para arrumar a barraca de utilidades domésticas. Ela e o esposo trabalham na feira há 25 anos. Cleonice gosta do que faz, mas confessa que começou a trabalhar na informalidade por falta de oportunidade de emprego. Com o pouco que ganha por mês, em torno de um salário mínimo, a feirante sustenta a pequena família de três pessoas.


A vida na feira

Feirantes de frutas e verduras aquecem feira do bairro Brasil

É domingo de feira no bairro Brasil. Mesmo cedo, milhares de pessoas já estão circulando pelo local em busca das melhores frutas, verduras e legumes. As cores radiantes das mercadorias chamam a atenção dos fregueses que lutam por um pequeno espaço nas barracas para realizarem as compras.

Olha o caldo de cana! Pastel frito na hora, apenas dois reais! Quem quer espetinho? Esses são alguns quitutes vendidos na feirinha, onde o fluxo de pessoas no fim de semana é grande. Mas é curioso o fato de uma barraca estar cercada de um aglomerado de pessoas totalmente surpresas pelo que estão assistindo. O que será? Todos se perguntam. A inovação está em um pequeno utensílio: um amolador de faca. Na verdade, é muito mais pela propaganda que é feita por um jovem senhor. Ele faz a faca ficar totalmente cega, e como se não bastasse, ele testa em seu próprio corpo. Desliza a faca pelo braço, pescoço e língua, deixando bem pasmos todos à sua volta. Isso serve de comprovação que o objeto não está cortando nada! Logo em seguida, utiliza o amolador mostrando que este é muito bom!